Afinal, em que idade somos mais inteligentes? Estudo responde 6o1f2v

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26/05/2025 18:15 / Atualizado em 03/06/2025 16:39

Essas descobertas reforçam uma visão mais ampla da inteligência humana – iStock/CoreDesignKEY
Essas descobertas reforçam uma visão mais ampla da inteligência humana – iStock/CoreDesignKEY - Getty Images

Por muito tempo acreditou-se que a inteligência humana atinge seu pico na juventude e, a partir daí, entra em declínio. No entanto, um estudo recente vem desafiando essa ideia — e trazendo uma nova visão sobre como nossas habilidades cognitivas evoluem ao longo da vida.

Conduzida por Joshua Hartshorne, pesquisador da Universidade de Harvard, a análise envolveu mais de 48 mil participantes e revelou que a inteligência não segue uma única trajetória. Em vez disso, diferentes capacidades atingem seu ápice em momentos distintos da vida.

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Segundo Hartshorne, a velocidade de processamento — a rapidez com que conseguimos absorver e reagir a novas informações — tende a alcançar seu melhor desempenho por volta dos 18 ou 19 anos. Já a memória de curto prazo, essencial para atividades cotidianas como lembrar uma lista de compras ou seguir instruções, chega ao topo aos 25 anos, mantendo-se estável por cerca de uma década antes de apresentar sinais de declínio.

Mas o estudo também traz surpresas: a habilidade de interpretar emoções alheias — crucial para a empatia e a inteligência emocional — não se desenvolve plenamente até os 40 ou 50 anos. E quando o assunto é vocabulário, os maiores desempenhos foram observados entre adultos de 65 a 75 anos, indicando que o conhecimento acumulado pode continuar se expandindo com o tempo.

Essas descobertas reforçam uma visão mais ampla da inteligência, apoiada por outros especialistas na área, como Stierwalt. Ele diferencia dois tipos principais de inteligência: a fluida, ligada ao raciocínio rápido e resolução de problemas, e a cristalizada, que se refere ao conhecimento adquirido e à experiência de vida. A primeira tende a brilhar na juventude, enquanto a segunda pode continuar crescendo ao longo das décadas.

Estudo traze nova visão sobre como nossas habilidades cognitivas evoluem ao longo da vida – iStock/haydenbird
Estudo traze nova visão sobre como nossas habilidades cognitivas evoluem ao longo da vida – iStock/haydenbird - Getty Images

Mais do que uma curiosidade científica, essas informações têm implicações práticas importantes. Entender como as capacidades cognitivas se comportam em diferentes fases da vida pode ajudar a moldar programas educacionais, treinamentos profissionais e até estratégias de envelhecimento saudável.

Em vez de enxergar a inteligência como algo que se perde com o tempo, esse novo olhar sugere que ela se transforma, acompanhando as mudanças naturais do corpo e da mente. E mais: mostra que nunca é tarde para aprender — ou para brilhar em alguma habilidade.


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Assim como a relação entre o intestino e o cérebro, a dieta e a saúde mental estão intimamente ligadas. A escolha de dos alimentos pode tanto causar um aumento dos problemas de saúde mental, como melhorar o humor, aguçar a memória e ajudar o cérebro a funcionar com mais eficiência.

A psiquiatra nutricional e professora da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, Uma Naidoo, estuda essa relação a fundo. Segundo ela, a relação cérebro-intestino tem a ver com o fato de que ambos se originam das mesmas células embrionárias e permanecem conectados à medida que o ser humano se desenvolve.