Festival em Cunha (SP) destaca 50 anos da cerâmica local c6u2r
Cunha tem a maior concentração de Noborigamas fora do Japão, com seis fornos pela cidade 6k2669
No interior de São Paulo, entre montanhas e estradas sinuosas, Cunha se prepara para um de seus momentos mais simbólicos do ano: o Festival da Cerâmica. De 13 a 22 de junho, a cidade celebra sua ligação histórica com a cerâmica de alta temperatura, em uma edição especial que marca meio século da chegada do forno Noborigama ao município.

Reconhecida como “Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura“, Cunha abriga o maior número de fornos Noborigamas fora do Japão. E não por acaso: foi lá que, nos anos 1970, um grupo de artistas instalou o primeiro forno do tipo no Brasil. A iniciativa transformou a cidade em referência nacional e internacional na arte cerâmica.
A programação deste ano homenageia esse marco com uma série de atividades distribuídas por ateliês, galerias e espaços culturais. Exposições, palestras, vivências e a tradicional abertura de fornadas prometem movimentar o calendário e atrair visitantes de todas as regiões.
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Festival da Cerâmica de Cunha: abertura com fogo e tradição 5b50s
O ponto alto do Festival da Cerâmica de Cunha será, mais uma vez, a tradicional abertura de fornada no Ateliê Suenaga e Jardineiro, um dos pioneiros da cidade. Marcada para o dia 14 de junho, a queima no forno Noborigama é um espetáculo à parte: além da performance visual, é uma oportunidade única para entender de perto a complexidade e a beleza do processo artesanal.

O Noborigama —palavra japonesa que significa “forno de subida”— é um sistema construído em aclive, com câmaras interligadas, que permite alcançar temperaturas superiores a 1.300ºC. Esse método resulta em peças únicas, com esmaltes naturais e texturas orgânicas criadas pelas cinzas durante a queima.
Ateliês abertos e arte em cada esquina 2192m
Durante o festival, mais de 50 ateliês de Cunha mantêm suas portas abertas para visitação. Cada espaço revela diferentes estilos e técnicas, do raku à cerâmica esmaltada, permitindo ao público vivenciar a pluralidade da produção local. A cidade se transforma em uma grande galeria a céu aberto, onde é possível conversar com os artistas, ver peças únicas e, claro, levar uma lembrança especial para casa.

Alguns dos ateliês mais visitados durante o festival são o Ateliê Suenaga e Jardineiro, o Ateliê Gaia, o de Alberto Cidraes e o Ateliê Augusto Campos. Vale programar o roteiro com calma e incluir paradas nas cafeterias e bistrôs espalhados pela região, muitos deles com vista para as montanhas da Serra do Mar. Confira a programação completa do Festival da Cerâmica de Cunha aqui.
Cunha além da cerâmica 2c4a41
O Festival da Cerâmica de Cunha também é uma ótima desculpa para explorar outros atrativos da cidade. Conhecida por seu clima ameno e pela natureza exuberante, a cidade abriga cachoeiras, trilhas e lavandários que encantam os visitantes. O Parque Estadual da Serra do Mar, com o pela estrada Cunha-Paraty, é uma das opções mais procuradas por quem quer se reconectar com a natureza.

E para quem quiser estender a viagem, Paraty está a apenas 47 km de distância — uma bela viagem pela serra, perfeita para quem busca combinar cultura e paisagem em um único roteiro.
Como chegar 5u6h4y
Cunha está a 230 km da capital paulista. O visitante deve seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até a Saída 65, em Guaratinguetá. Depois seguir pela Rodovia Paulo Virgínio (SP-171) até Cunha.
Quem for de ônibus, também deve ir até Guaratinguetá. Na rodoviária há ônibus intermunicipal até Cunha. Os horários das partidas devem ser checados no local.